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AS FÁBULAS DO APÓSTOLO PEDRO
AS FÁBULAS DO APÓSTOLO PEDRO

TU ÉS PEDRO... A MINHA IGREJA

"TAMBÉM TE DIGO QUE TU ÉS PEDRO, E SOBRE ESTA PEDRA EU EDIFICAREI A MINHA IGREJA" (Mt.16,18)

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Essa passagem de Mateus 16:18 tem causado muita confusões ao longo da história, devido a má interpretação da Igreja Católica Romana, que por isso se auto-denomina a única Igreja física verdadeira (todos os que estão fora dela vão queimar para sempre no Inferno), e justifica-se a existência do papa, uma liderança máxima dentro da Igreja Católica, que ainda detém poderes de infalibilidade doutrinária (muito embora muitos papas tenham sido pedófilos, sodomitas e assassinos, veja no tópico: "A História Negra dos Papas").

 

Fazem um maior emboroço com esta passagem, trocam o termo “sobre esta pedra” por algo como “sobre este papa”, e a “minha igreja” por “Igreja Romana”, como se fosse tudo a mesma coisa. Contudo, o contexto, a gramática (e a lógica) desmentem completamente tal afirmação. Primeiramente veremos, biblicamente, o que é a “Igreja” que Cristo diz. Seria uma organização religiosa de pau e pedra ou seremos nós, os legítimos Cristãos, participantes do Corpo de Cristo, que seguem o testemunho de Jesus e guardam os seus mandamentos? A resposta a isso a Bíblia nos dá:

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O QUE É A "IGREJA"?

Nós somos a Igreja porque o Espírito Santo habita em nós.

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“Certamente vocês sabem que são o templo de Deus e que o Espírito Santo de Deus vive em vocês.” (1Co.3:16)

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Paulo não está falando do corpo do cristão (para isso veja 1Co.6:19), mas sobre a Igreja (Gl.2:16; Ef.2:8-9;Tt.3:4-5). A Igreja toma o lugar do templo de Jerusalém, pois o Espírito de Deus vive nela. Paulo acrescenta (v.17) que a Igreja como um todo tem o compromisso de continuar sendo o que é, ou seja, o templo de Deus. “Certamente vocês sabem que são o TEMPLO de Deus” é nada mais nada a menos do que a “IGREJA” de Deus.

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“Que relação pode haver entre o templo de Deus e os ídolos? POIS NÓS SOMOS O TEMPLO DO DEUS VIVO, como o próprio Deus já disse” (2Co.6:16)

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Veja esta passagem de Efésios que deixa bem claro que a Igreja de Cristo é o Corpo de Cristo, que é formado por todos aqueles que crêem em Jesus Cristo e seguem os Seus mandamentos.

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A IGREJA É O CORPO DE CRISTO, o qual completa todas as coisas em todos os lugares.” (Ef.2:23)

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Vejam mais essa passagem que deixa bem claro o que de fato é a Igreja:

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“E o próprio Cristo é o Salvador da Igreja, que é o seu corpo.” (Ef.5:23)

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Colossenses 1:24 é ainda mais claro: “Pois o que eu sofro no meu corpo pela IGREJA, QUE É O CORPO DE CRISTO, está ajudando a completar os sofrimentos de Cristo em favor dela.”

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Como vimos, a “Igreja de Cristo” não é uma instituição religiosa, de nome católica ou protestante, mas o Corpo de Cristo, que somos nós. Cristo não estava fundando uma Igreja “Romana”, e muito menos chamando Pedro de papa, mas sim dizendo que os Cristãos verdadeiros teriam uma fé edificada sobre a rocha que proclama o principal dogma cristão: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, e as portas do inferno não prevaleceriam contra esses verdadeiros cristãos. Veremos mais isso adiante:

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ESCLARECIMENTO DE MATEUS 16,18

Muitos sites católicos praticamente “quebram a cabeça” tentando fazer de tudo para provar que nessa passagem de Mateus a pedra é Pedro, e não Cristo. É muito comum nós vermos por aí uma porção de sites protestantes dizendo que a pedra era Cristo, enquanto tem vários outros sites católicos provando que a pedra era Pedro. Tudo isso decorre das palavras do grego usadas em Mt.16,18, do tal “jogo de palavras” que Jesus teria feito. O debate sobre as palavras do grego e do aramaico vai longe, mas o que todos esquecem é que neste caso a diferença não é se a palavra utilizada foi kephá, ou se foi petrus, para vermos a solução basta analisarmos o contexto da passagem:

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Mateus 16

13 E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?
14 E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas.
15
Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?

16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.
18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

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Vemos que, pelo contexto, fica claro que a tal “pedra” é Pedro, sim, mas não o Pedro-Pessoa, mas o Pedro-Confessante. A Igreja de Cristo, que somos nós, seria edificada sobre essa profissão de fé em Jesus Cristo, da qual a confissão de Pedro foi o marco inicial. Cristo, na verdade, não disse "sobre ti, Pedro" ou "sobre os teus sucessores", mas "sobre esta rocha" - sobre esta revelação divina e sobre esta profissão de fé em Cristo (professada no v.16).

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Porque, ‘Tu és Pedro' e não ‘Tu és a pedra' foi dito a ele. Cristo, você vê, construiu sua Igreja não sobre um homem, mas sobre a confissão de Pedro. Qual é a confissão de Pedro? ‘Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo'. Lá está a pedra para você, lá está a fundação, lá está onde a Igreja tem sido construída, sobre a qual as portas do inferno não podem prevalecer.

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Então Pedro é assim chamado de pedra; não a pedra de Pedro, como Cristo não é chamado Cristo à partir dos Cristãos, mas os Cristãos à partir de Cristo. ‘Então', ele diz, ‘Tu és Pedro, e sobre esta Pedra', que tu tens confessado, sobre esta pedra que tu tens reconhecido, dizendo, ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo, ‘eu edificarei Minha Igreja'; isto é, sobre esta pedra, ‘eu edificarei Minha Igreja'. Eu a edificarei sobre Mim mesmo, não Eu sobre ela. Porque “outro fundamento não pode ser lançado além do qual já está posto, que é Cristo Jesus” (1Co.3:11).

 

A Igreja, então, que está fundada em Cristo, sobre a base de fé que Pedro confessou e que se tornaria o principal dogma Cristão. A Igreja recebe dEle as chaves do reino dos céus na pessoa de Pedro, que representa toda a Igreja. Porque os homens que desejavam edificar sobre homens, diziam, ‘Eu sou de Paulo; e eu de Apolos; e eu de Cefas', que era Pedro. Mas outros que não desejavam edificar sobre Pedro, mas sobre a Pedra, diziam, ‘Mas eu sou de Cristo'.

 

E quando o Apóstolo Paulo averiguou que ele foi escolhido, e Cristo desprezado, ele disse, ‘Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Pedro?' E, como não no nome de Paulo, assim nem também no nome de Pedro; mas no nome de Cristo: que Pedro deveria ser edificado sobre a Pedra, não a Pedra sobre Pedro. Jesus ressaltava a firmeza de caráter, o vigor da personalidade, a férrea natureza da vontade, a intrépida dedicação, agora galvanizados pela revelação divina (v.17), que o constituía a primeira pedra-assente do edifício da igreja, basilada na fé em Jesus.

 

Nesse caso, não é propriamente o Pedro-pessoa, mas o Pedro-confessante, não a individualidade distinta, mas a relação vital com o Senhor da igreja, não a pessoa, mas sua qualidade, não a autoridade, mas a convicção. Lingüisticamente, pétros é um fragmento, pedaço, porção da pétra, a rocha, a massa pétrea, a sólida e extensa laje, na metáfora de Jesus, de que Pedro seria parte. Linguagem figurada, qual o verdadeiro sentido de pétra?

 

Do contexto parece claro que não se trata de fundamento político, poder e autoridade de senhorio e governo, de dignidade pessoal ou primado pontifício, mas de relacionalidade comungatória, discernimento espiritual, lucidez de crença e firmeza de convicção, polarizada na plena aceitação de Cristo como Senhor, Messias, Salvador. Em outros termos, a pétra é o reconhecimento da unicidade senhorial de Cristo, a igreja calcada nessa bendita convicção, na explícita e absoluta confissão de que Pedro foi o marco inicial. A exegese sadia, objetiva, imparcial deste texto, em seu contexto, autorizará estas precisas ilações quanto à igreja:
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Sua constituição estrutural: Compõem-na Pedros, isto é, individualidades pétreas, pessoas de fé inabalável e testemunho irredutível a confessar Jesus Cristo como Soberano e Senhor de sua consciência, vitalizada pela graça de Deus e iluminada pelo evangelho puro, e as portas do inferno não prevaleceram contra as essas pessoas, que são a Sua Igreja.

Sua dinâmica operacional: Não embasada na força, nos poderes humanos, nos recursos materiais, na eficiência de máquina administrativa e organização modelar, mas na potência da fé em Cristo, no vigor do testemunho cristão, na fidelidade a Deus, na obediência integral ao preceitos do Senhor.

Isso porque, no sentido legal, a única “pedra” é Cristo, e não Pedro:

Mateus 21:42 - "Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ângulo; Pelo Senhor foi feito isto, E é maravilhoso ao vossos olhos?"

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Atos 4:11 - "Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular."

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1Coríntios 3:10,11 - "Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor, e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo."

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Efésios 2:20 - "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina."

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1Coríntios 10:4 - "E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia, e a pedra era Cristo."

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Marcos 12:10 - "Ainda não lestes esta Escritura: A pedra, que os edificadores rejeitaram, esta foi posta por cabeça de esquina."

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Isaías 28:16 - "Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que não crer não se apresse."

O próprio Pedro (e se tem alguém que sabe o que Jesus realmente falou é Pedro) declarou que esta pedra em questão era Jesus (1Pe.2:4), e usando a mesma palavra traduzida "pedra" em Mateus 16:18 e que ele (como os demais cristãos) eram pedras edificadas sobre a pedra principal:

1Pedro 2:4-7 - "Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será de modo algum envergonhado. Para vós outros, portanto, que crerdes, é preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra principal, angular."

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Pedro não era a pedra, mas esta edificado sobre a pedra, assim como os demais Cristãos. De outro modo, a Bíblia apareceria contraditória. Numa hora diz que "ninguém pode lançar outro fundamento além do que foi posto, o qual é CRISTO JESUS", e em outro momento diz que esse fundamento, essa rocha na qual a Igreja é fundamentada é sobre Pedro.

A verdade é que a Bíblia menciona SOMENTE CINCO titulações de liderança:
Apóstolo, Profeta, Evangelista, Pastor e Mestre. O título de “papa” passa-se totalmente despercebido por todos os escritores bíblicos incluindo o próprio Pedro, é claro.

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PEDRO EM ROMA: DISFARÇADO? EM MISSÃO SECRETA? INCÓGNITO? INVISÍVEL?

Ora, prova maior ainda que essas é que o próprio Pedro (a quem a Igreja católica dá o rótulo de primeiro papa da história) veio a perder essa liderança para Tiago, o irmão do Senhor, autor da epístola de Tiago. É obviamente impossível, dentro do catolicismo que um papa, enquanto for papa, "perca a liderança" dentro da Igreja. Um estudo mais apurado da Bíblia nos deixa claríssimo que a liderança de Pedro na Igreja Primitiva foi tomada por Tiago. Tiago, no início, nem sequer acreditava na missão de Jesus (Jo.7:2-5) mas, com o passar do tempo, passou a ter muito destaque na Igreja.

 

Ele foi um dos poucos a quem Cristo apareceu após sua ressureição (1Co.15:7) e isso, ao que tudo indica, mudou a mentalidade de Tiago, que passou por uma verdadeira revira-volta em sua vida. Não é a toa que Paulo o chamou de "coluna" da Igreja, e é o primeiro a ser mencionado, antes de Pedro (Gl.2:9). Paulo, na primeira visita a Jerusalém após converter-se, encontrou-se com Tiago (Gl.1:19), e não com Pedro. Paulo, aliás, fez o mesmo em sua última visita (At.21:18). Quando Pedro foi solto da prisão, mandou os amigos avisarem Tiago (At.12:17).

 

Por que? Porque Tiago era quem liderava a Igreja da Jerusalém, era ele o líder, o primeiro no qual deveria saber das coisas. Judas (autor da epístola de Judas) pôde simplesmente identificar-se como "irmão de Tiago" (Jd.1), uma vez que Tiago era tão conhecido. A palavra final no Concílio de Jerusalém ficou por conta de Tiago, e não do nosso "papa" Pedro (At.15:13). Ele esperou a opinião de todos e, por fim, deu a última palavra, e ninguém ousou discordar dele. A própria autoridade mostrada na carta de Tiago mostra quanta autoridade ele tinha na "vida real".

 

Além disso, no ano 58d.C, Paulo escreveu a Epístola aos Romanos (conforme os católicos, Pedro deveria estar no poder há 15 anos), e no capítulo 16 manda saudação há muita gente (no mínimo 40, isso sem mencionar quando Paulo "generaliza") mas Pedro nem sequer é mencionado. Caso Pedro fosse o papa da Igreja em Roma, ele deveria ser mencionado em primeiríssimo lugar!!! No ano 62 Paulo chegou em Roma e foi visitado por vários irmãos, porém novamente não aparece o nome de Pedro (At.28:11-31).

 

Se Pedro fosse dirigente da Igreja em Roma, sendo portanto uma figura tão importante, Lucas (escritor de Atos, que conta a história da Igreja Primitiva) o teria mencionado. Mas o nosso "papa" não aparece em nenhum dos 42 capítulos de Atos (imagine, nos dias de hoje, um escritor católico escrever um livro enorme sobre a história da Igreja católica e nem falar sobre o papa!). De Roma, Paulo escreveu quatro cartas, são elas: Efésios, Colocensses, Filemon e Filipenses. Nada a respeito de Pedro é mencionado.

 

Se Pedro estivesse em Roma teria Paulo omitido seu nome em todas as quatro cartas? Creio que não! Ora, segundo a Igreja católica, Pedro já estava a essas alturas 20 anos no poder como papa. Entre os anos 67 e 68d.C, após o incêndio em Roma, quando Paulo esteve preso pela segunda vez, ele escreveu 2Timóteo, porém esse tal papa que a Igreja católica diz que existia também não é mencionado. Paulo escreve em Gálatas 2:11-14 que "resistiu a Cefas (Pedro) face a face, porque esse se tornara irrepreensível".

 

Pedro, nesta ocasião (bem depois de ter sido conclamado "papa" segundo os católicos) comia com os não-judeus tranquilamente. Quando, porém, chegaram os "da parte de Tiago" veio a apartar-se, temendo a opinião do que eles pensariam daquilo. Paulo, então, o repreendeu severamente, como consta nas Escrituras, por ter censurado esses não-judeus quando chegaram os da parte de Tiago.

 

Não era nem o próprio Tiago, mas os enviados dele, e mesmo assim Pedro ficou com tanto medo que censurou aqueles incircuncisos com quem antes comia tão amigavelmente, temendo a opinião que Tiago, o seu líder, daria sobre aquilo (o que causou a repreensão de Paulo, assumindo que esta atitude de Pedro estava errada). Ora, se ele fosse o papa que a Igreja católica dizem que era, então não haveria problemas nisso, e nem que temer a opinião de ninguém, já que todos eram inferiores a ele, como papa. Afinal, ele não era infalível mesmo? Pedro não era infalível em suas visões quanto à fé cristã. Até mesmo Paulo teve de adverti-lo quanto à sua hipocrisia, porque ele não procedia "corretamente segundo a verdade do Evangelho" (Gl 2:14).

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Apresento agora outros 20 motivos pelos quais Pedro não poderia ser papa em Roma, ou no mínimo algo assim seria extremamente improvável:

1. Se Pedro esteve em Roma, então por que a Bíblia não diz nada sobre isto, já que menciona muitas cidades por onde ele passou, tais como Jerusalém, Samaria, Lida, Jope, Cesaréia, Coríntios, Antioquia... mas sobre Roma no entanto, não diz nada?!
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2. Por que Lucas “o historiador” não se preocupou em registrar nada sobre o “príncipe dos apóstolos” e seu episcopado em Roma, pelo contrário voltando-se quase exclusivamente ao ministério de Paulo?!
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3. Demais disso, não teria Paulo invadido o território jurisdicional de Pedro ao enviar uma carta de instruções corretivas àquela Igreja ? Onde estava Pedro que não instruía os romanos sobre a justificação pela fé?
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4. Entre os anos 60-61 Paulo chega preso em Roma (At. 28:11,31), Lucas registra que os irmãos foram vê-lo (At. 28:15). Mas onde estava Pedro que não foi receber o seu colega de ministério?
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5. Suetonius Tranquillus, pagão, na Biografia do Imperador Cláudio, diz: “Judacos, impulsore Cresto, assidue tumultuantes Roma expulit”. Quer dizer: - O Imperador Cláudio expulsou de Roma os Judeus que viviam em contínuas desavenças por causa de um certo Cresto (Cristo). Ora, Cláudio foi Imperador desde o ano de 41 até 54. Logo, durante esses treze anos não era possível que S. Pedro residisse em Roma. No Capítulo 18 dos Atos dos Apóstolos, lemos que Paulo, depois do célebre discurso no Areópago, seguiu para Corinto, onde se encontrou com Áquila e sua esposa Priscila, recentemente chegados de Itália, pelo motivo de Cláudio Imperador ter mandado sair de Roma a todos os judeus. Ora, este encontro do Apóstolo deu-se no correr da sua segunda viagem apostólica, isto é, entre os anos de 52 a 54. Logo, ainda nesses anos Cláudio não permitia a permanência de judeus em Roma. Como ficaria lá São Pedro, que, como Apóstolo, devia necessariamente chamar a atenção geral sobre sua pessoa?

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6. Se Pedro estivesse em Roma no ano 60 como se afirma a tradição, como então deve se entender as palavras de Jesus a Paulo em Atos 23:11 que diz: “Importa que dês testemunho de Mim também em Roma.” Ora, onde estava Pedro “o Papa” da cristandade que não tornava conhecido o nome de Jesus nesta cidade?
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7. Paulo foi a Roma, a sua primeira vez, como um prisioneiro, em virtude de haver apelado para o Tribunal de César, em torno dos anos de 60 ou 61, lá não encontrando cristãos entre os judeus. Ora, se S. Pedro estivesse em Roma pregando exclusivamente aos judeus como nos garante Eusébio, como se pode explicar a ignorância dos principias judeus de Roma, que disseram a Paulo: “Quereríamos ouvir da tua boca o que pensas, porque o que nós sabemos desta Seita (dos Cristãos) é que em toda parte a combatem”. Então Pedro, durante dezoito anos, poderia permanecer desconhecido dos principais judeus de Roma? Ele, a quem fora confiado o Ministério aos circuncidados no dizer de Paulo (Gal. 3,7-10) e de Eusébio Pámphili?
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8. O edito de Nero expulsando os judeus durou de 42 até 54, motivo também da expulsão de Áquila e Priscila. Pedro não seria exceção tampouco!

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9. Paulo diz que ele é o apóstolo dos gentios, e Cefas (Pedro) é o apóstolo dos judeus. Paulo pregava para os gentios, e Pedro para os judeus. Ora, Pedro que estava em ROMA (entre os GENTIOS) pregava só para os JUDEUS??? Se Paulo que viajava constantemente de região a região FORA de Jerusalém no seu ministério para os gentios diz que Pedro era somente para os Judeus, não deve-se entender que o ministério de Pedro era em Jerusalém? Não foi a decisão do primeiro Concílio de Jerusalém, relatado em Atos, favorável a pregação e a propagação do Evangelho entre todos os gentios? Então porque Paulo diz que o ministério de Pedro era entre os judeus, se ele estava em Roma? Não devia Pedro der apóstolo dos gentios, também, principalmente, por estar no meio deles? Pedro desobedeceu o concílio ou Paulo que falou bobagem?
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10. Se Pedro era papa, então porque é que está escrito em Gálatas 2:9 está escrito que TIAGO (mencionado em primeiro lugar), Pedro e João eram os líderes da Igreja? Ora, não era Pedro O papa? Então ele não deveria ser mencionado sozinho, como sendo A liderança? Havia uma “Trindade papal”, formada por Tiago, Pedro e João???
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11. “Depois disso Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto.
Ali, encontrou um judeu chamado Aquila, natural de Ponto, que havia chegado recentemente da Itália com Priscila, sua mulher, pois Cláudio havia ordenado que todos os judeus saíssem de Roma”
. (Atos 18:1,2). Cláudio havia expulsado TODOS os judeus. TODOS. Ele não deixaria “o príncipe dos apóstolos” lá totalmente a sós, como exceção... e o texto diz claramente que TODOS foram expulsos. Ademais, se Pedro pregava para os JUDEUS (G.2:8), então ele iria pregar
PARA QUEM JÁ QUE TODOS OS JUDEUS HAVIAM SIDO EXPULSOS DA ITÁLIA????!!!

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12. Se Pedro era doutrinariamente infalível, então porque ele negou a Jesus três vezes? Alguém que nega a Jesus pode ser/se tornar infalível de uma hora para outra? Se Pedro era doutrinariamente infalível, então Pedro não iria ter censurado os incircuncisos ao ponto de Paulo ter que repreendê-lo na sua cara, pois ele como o supremo e infalível estaria certo na decisão que tomasse.
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13. Atos 8:1 – “Naquela ocasião desencadeou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Todos, EXCETO OS APÓSTOLOS, foram dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria.”. Todos MENOS OS APÓSTOLOS!!! Pedro continuou em Jerusalém, pois os apóstolos não foram dispersos! Alguns capítulos depois, lemos que: “Viajando por toda a parte, Pedro foi visitar os santos que viviam em Lida” (At.9:32). Pedro havia ficado em Jerusalém sem ser disperso pelas nações, mas depois que ele finalmente saiu de Jerusalém ele não foi para o seu lugar como papa em Roma, mas sim “VIAJANDO POR TODA A PARTE”!!! A idéia de que Pedro era o príncipe dos apóstolos com a sua cadeira em Roma é tão ridícula que nem dá graça de ser refutada biblicamente.
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14. Porque estudiosos católicos como Rivaux, Fank, Hughes e Daniel Rops se contradizeram ao fazer as listas dos bispos de Roma já que usaram a mesma tradição como fonte?
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15. Além disso, no ano 58d.C, Paulo escreveu a Epístola aos Romanos (conforme os católicos, Pedro deveria estar no poder há 15 anos), e no capítulo 16 manda saudação há muita gente (no mínimo 40, isso sem mencionar quando Paulo "generaliza") mas Pedro nem sequer é mencionado. Caso Pedro fosse o papa da Igreja em Roma, ele deveria ser mencionado em primeiríssimo lugar!!!
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16. No ano 62 Paulo chegou em Roma e foi visitado por vários irmãos, porém novamente não aparece o nome de Pedro (At.28:11-31)

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17. Se Pedro fosse dirigente da Igreja em Roma, sendo portanto uma figura tão importante, Lucas (escritor de Atos, que conta a história da Igreja Primitiva) o teria mencionado. Mas o nosso "papa" não aparece em nenhum dos 42 capítulos de Atos (imagine, nos dias de hoje, um escritor católico escrever um livro enorme sobre a história da Igreja católica e nem falar sobre o papa!)
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18. De Roma, Paulo escreveu quatro cartas, são elas: Efésios, Colocensses, Filemon e Filipenses. Nada a respeito de Pedro é mencionado. Se Pedro estivesse em Roma teria Paulo omitido seu nome em todas as quatro cartas ? Creio que não! Ora, segundo a Igreja católica, Pedro já estava a essas alturas 20 anos no poder como papa.
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19. Entre os anos 67 e 68d.C, após o incêndio em Roma, quando Paulo esteve preso pela segunda vez, ele escreveu 2Timóteo, porém esse tal papa que a Igreja católica diz que existia também não é mencionado.
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20. Quem presidiu o Concílio de JERUSALÉM FOI Tiago, e não Pedro. Quem é mencionado por primeiro entre as “colunas” da Igreja é Tiago, e não Pedro (G.2:9). Paulo, na primeira visita a Jerusalém após converter-se, encontrou-se com Tiago (Gl.1:19), e não com Pedro. Paulo, aliás, fez o mesmo em sua última visita (At.21:18). A palavra final no Concílio de Jerusalém ficou por conta de Tiago, e não do nosso "papa" Pedro (At.15:13)

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A Bíblia como conteúdo histórico nos faz calar qualquer teólogo católico no seu delírio de que Pedro era papa ou o líder da Igreja em Roma.

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Ah, e uma última perguntinha: Se Pedro e os demais discí­pulos tivessem entendido as palavras de Cristo em Mateus 16:18 como estabelecendo a sua supremacia e posição de liderança à frente da igreja, por que logo adiante os discí­pulos disputavam quanto a quem dentre eles seria o maior?

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O SILÊNCIO E A GRAMÁTICA

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Em primeiro lugar, em outros dois evangelhos há a confissão de Pedro, mas com um detalhe: SEM O TU ÉS PEDRO, A MINHA IGREJA!!! Ora, se a pedra é Pedro, e não a confissão dele, então o mais provável seria exatamente o CONTRÁRIO, isto é, que aparecesse o que Jesus disse em Mt.16,18 e sem o contexto, mas o que vemos é exatamente o contrário. O “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, aparece em outros dois evangelhos, sem a frase de Cristo que aparece em Mt.16,18, o que prova quase que indiscutivelmente que a pedra que se trata é a confissão dele, que aparece em três evangelhos, e não o próprio Pedro, que alguns interpretam erroneamente baseados em apenas um.
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Marcos 8
8:27
E saiu Jesus, e os seus discípulos, para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e no caminho perguntou aos seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou?
8:28 E eles responderam: João o Batista; e outros: Elias; mas outros: Um dos profetas.
8:29
E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo.
8:30
E admoestou-os, para que a ninguém dissessem aquilo dele.
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Veja que aqui NÃO APARECE a frase de Cristo que aparece em Mateus! Por que??? Porque é irrelevante. É ÓBVIO que a Igreja seria edificada sobre o que Pedro disse e aparece aí em cima: “Tu és o Cristo”. Estranho mesmo seria ele omitir algo tão importante que é o fato de que Pedro é a tal da pedra e a Igreja é a católica e Pedro assim virou papa...

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Marcos viveu de perto com Pedro, porque ele não incluiu o “Tu és Pedro...?”
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Lucas 9
9:18
E aconteceu que, estando ele só, orando, estavam com ele os discípulos; e perguntou-lhes, dizendo: Quem diz a multidão que eu sou?
9:19 E, respondendo eles, disseram: João o Batista; outros, Elias, e outros que um dos antigos profetas ressuscitou.
9:20 E disse-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, disse: O Cristo de Deus.
9:21
E, admoestando-os, mandou que a ninguém referissem isso,
9:22 Dizendo: É necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia.
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Vejam aí que NOVAMENTE APARECE A CONFISSÃO DE PEDRO, MAS SEM A FRASE QUE JESUS DISSE EM SEGUIDA! Fica claro, analisando os outros evangelhos, ao invés de ficarmos alienados apenas olhando para Mateus, que a Pedra se tratava realmente da confissão de Pedro, dizendo que Jesus é o Cristo de Deus, e sobre esta Pedra, sobre esta pedra que Pedro confessou dizendo que tu és o Cristo, o filho do Deus vivo, é a que sua igreja seria edificada, sobre o próprio Cristo, porque ninguém pode lançar outro fundamento além do que já foi posto, o qual é Cristo Jesus (1Co.3:11).

 

Pedro, assim como os demais, estavam debaixo da rocha, e não a rocha sobre Pedro. Quando Jesus disse: “Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”, ele usou duas palavras diferentes que nos ajuda muito a identificar a Pedra como a sua confissão, e não sobre o próprio Pedro. Ele usou, primeiro, um pronome MASCULINO (Petros) e, depois, um pronome FEMININO (Petra). Fica mais do que claro que Cristo se referia A confissão de Pedro, e não O Pedro. Isso por si só já é mais do que suficiente para concluirmos que a pedra em questão não é o próprio Pedro, como pessoa, mas a sua confissão em Cristo Jesus ser o filho do Deus vivo.

 

O PAPA EXISTE?

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Já vimos acima que BIBLICAMENTE existem apenas cinco cargos de liderança: Apóstolo, Profeta, Evangelista, Pastor e Mestre. Paulo diz em Efésios 4:11: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”. Ora, se Pedro tivesse alguma primazia em especial, Paulo teria sido no mínimo “desonesto” com o seu colega de trabalho!

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Jamais devemos chamar um líder religioso de Papa, Jesus proibiu isso:

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(Mateus 23:9) – E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.

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A expressão ‘Papa’ advém da palavra Pai e na prática significa a mesma coisa.

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Quando Jesus proibiu que chamássemos alguém de ‘Pai’ não estava se referindo a nossos pais sanguíneos, mas a líderes religiosos. Da mesma maneira ele disse que ninguém devemos chamar de mestre:

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(Mateus 23:10) -  Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.

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De fato, muitas religiões orientais chamam seus líderes de mestres. Há muitos mestres  no oriente e padres no ocidente, mas sabemos que temos somente um Pai (Deus) e um mestre (Cristo). O contexto da afirmação de Jesus indica que ele está-se referindo a considerar seres humanos como mestres espirituais infalíveis, e não que ele se oponha a termos mentores espirituais falíveis. De fato, Paulo foi um pai espiritual de Timóteo (1 Co 4:15), a quem ele se referiu como sendo seu "amado filho" (2 Tm 1:2). Entretanto, Paulo teve o cuidado de instruir seus filhos espirituais a que somente fossem seus imitadores "como eu sou de Cristo" (1 Co 11:1). Demonstrar respeito devido ao nosso líder espiritual é uma coisa (cf. 1 Tm 5:17), mas dar-lhe obediência incondicional e a reverência que somente a Deus devemos dar, isso é outra coisa.

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O Papa é o usurpador máximo.

ALGUNS ESCLARECIMENTOS EXTRAS:

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AS CHAVES DE PEDRO E O “LIGAR E DESLIGAR” NO REINO DOS CÉUS

Em Mateus 16:19, Jesus prometeu dar a Pedro as chaves do reino, sugerindo que o céu respeitaria qualquer coisa que o apóstolo ligasse ou desligasse. A Igreja Católica alega que esta passagem mostra a superioridade de Pedro, mas esta mesma promessa foi dada por Jesus a todos os apóstolos em Mateus 18:18 (o objeto em 16:19 é “te”, mas em 18:18 é “vos”).

 

Não foi dada a Pedro nenhuma autoridade especial nesta passagem além daquela que todos os apóstolos exerceriam. Todos os apóstolos foram revestidos da "chave" para perdoar ou reter os pecados em João 22:23. Quando Cristo diz sobre o poder de "ligar e desligar" no Reino dos Céus, Cristo estava se referindo à oração. Quando oramos a Deus "ligamos" automaticamente algo no céu. Pois as coisas primeiro acontecem no reino espiritual para depois no material. É por isso que está escrito em Mateus 18:18:
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“Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o que vocês ligarem na terra será ligado nos céus, o que vocês proibirem na terra será proibido no céu.” (Mt.18:18)
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E logo no VERSÍCULO SEGUINTE:
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“Todas as vezes que dois de vocês que estão na terra pedirem a mesma coisa em oração, isso será feito pelo meu Pai, que está no céu. Porque, onde dois ou três estão reunidos em meu nome, lá eu estarei com eles.” (Mt.18:19,20)
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E esse poder de ligar e desligar nas orações não foi dado só a Pedro, pois todos os apóstolos puderam ligar e desligar em Mt.18:18. Eles representavam todos nós, que assim como eles também temos esse direito. Assim como Pedro representou todos os discípulos na passagem da "chave". E assim como vimos, Pedro é uma figura da Igreja, que assim como ele também tem a chave e o poder de ligar e desligar nas nossas orações.

O “APASCENTA AS MINHAS OVELHAS”

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“Apascenta as minhas ovelhas” foram as palavras que Jesus disse a Pedro depois de sua ressurreição (João 21:17). Isto não significa que Pedro foi encarregado com uma responsabilidade diferente de todos os outros apóstolos? Certamente não. Todos os apóstolos deveriam ser guiados pelo Espírito Santo em toda a verdade (João 16:13), mas o Senhor falou especificamente a Pedro nesta ocasião por causa das negações do apóstolo mencionadas anteriormente neste artigo.

 

Pedro negou o Senhor três vezes; Jesus lhe deu a oportunidade de reafirmar o seu amor por seu Professor três vezes. Devemos lembrar também que Pedro foi líder importante no Concílio de Jerusalém, e foi um dos líderes da Igreja Primitiva. Quando Cristo diz: "Apascenta as minhas ovelhas” ele está chamando Pedro ao trabalho, pois é tarefa de todos nós apascentarmos as ovelhas, pois nós somos o sal e a luz deste mundo. Foram as palavras de Cristo: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16,15). É dever de todos nós apascentarmos as ovelhas.

PEDRO ERA SUPERIOR AOS DEMAIS DISCÍPULOS?

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Em Mateus 18:1, os discípulos perguntaram a Jesus: “Quem é, porventura, o maior nos reinos dos céus?”. Que oportunidade maravilhosa para o Senhor reafirmar a superioridade de Pedro, se Pedro fosse assegurar a posição especial que lhe foi atribuída, depois, pela Igreja Católica! Mas Jesus não disse nada disso! A Igreja Católica também tenta sustentar o fato de que Pedro era superior aos outros porque ele tem o seu nome mais vezes citado. Ora, Maria nem sequer é mencionada em nenhuma das epístolas paulinas doutrinárias, e nem depois até acabar a Bíblia, o que não impede a ICAR de atribuir porções de títulos à ela.

 

Diversas vezes Pedro foi usado para representar os demais discípulos, ou para representar a Igreja, mas ele não estava em um patamar superior aos demais. Em Gálatas lemos que ele era apenas um dos três que Paulo considerava como “coluna” na Igreja, junto com Tiago e João, e Tiago é que é mencionado primeiro. Neste mesmo artigo, mostrei acima que Tiago tinha um papel na Igreja Primitiva mais importante do que o próprio Pedro! Isso não torna Tiago "papa", pois esse título é tão absurdo que sequer existe em nenhuma parte da Bíblia. E também vimos que Pedro cometeu muitos erros, logo não era doutrinariamente infalível, ao passo em que os demais poderiam cometer erros doutrinários...

CONCLUSÃO

Ora, dizer que Pedro era o primeiro papa é - como vimos acima - uma imposição extremamente humana, sem fundamentos nas Escrituras Sagradas. A “Igreja” de Mateus 16:18 não era a Igreja Católica, que só seria fundada anos depois. A Igreja de Cristo somos nós, que fazemos parte do Corpo de Cristo. Deus não salva quem faz parte de uma determinada organização religiosa, mas aos que o adoram em espírito e em verdade. Uma interpretação mais apurada de Mt.16,18 nos revela o quão errada a Igreja Católica está em sua interpretação.

 

E, como vimos acima, dizer que Pedro esteve em Roma como papa é algo completamente infundado diante da História e das próprias Escrituras. O próprio Pedro em nenhuma de suas duas cartas se considerava o líder da Igreja, muito pelo contrário, se apresentou como sendo um presbítero de Deus, até porque o título de papado nem sequer existe na Bíblia, e Paulo diz que mesmo se o Cristianismo aumentasse aos milhões de fiéis não poderíamos ter mais de um pai.

E a todos aqueles que afirmam que a pedra era Pedro, responderemos como Moisés em Dt.32:18: Esquecesce-te da Rocha que te gerou; e em esquecimento puseste o Deus que te formou;Dt.32:31 Porque a sua rocha não é como a nossa Rocha, sendo até os nossos inimigos juízes disto.

 

 

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Por: Lucas Banzoli.