SEITAS - ESPIRITISMO
Primeiramente é necessário esclarecer que o presente artigo visa refutar o espiritismo, e não desmerecer algum espírita. Se a lógica apresentada aqui está coerente, isso não é uma ofensa a ele mas sim a apresentação da realidade. Cabe a cada um julgar se os argumentos espíritas tem ou não fundamento pela Bíblia ou pela razão, e é sobre isso que veremos a partir de agora.
Ao contrário de outras religiões que usam a Bíblia como fonte de fé (sendo única ou não) e que, portanto, podem ser facilmente refutadas por meio dela, os espíritas não consideram a Bíblia como fonte de fé e doutrina, senão como um livro qualquer, com um ou outro ensinamento valioso, mas sem qualidade doutrinária. Curiosamente, eles se valem de “argumentos bíblicos” para embasar alguns de seus ensinamentos.
Ou seja, quando a Bíblia afirma algo que eles não gostam, então “não vale”. Mas, quando esta mesma Bíblia declara algo que lhes parece favorecê-los, aí eles são os primeiros a atacarem os cristãos com todo tipo de distorção bíblica para fundamentar as suas “crenças doutrinárias”, ignorando totalmente as outras passagens das Escrituras que são altamente esclarecedoras e que nos revelam sem nenhum grau de incerteza que o espiritismo não somente é um engano, mas é também desleal, pois não aceitam um debate honesto nas Escrituras, mas usufruem dela quando veem algum versículo bíblico isolado que eles gostam de usar.
Por isso, este presente artigo será desmembrado em dois pontos fundamentais, sendo eles:
1) Provando biblicamente que o Espiritismo está errado.
2) Provando logicamente que o Espiritismo está errado.
Vamos começar com este primeiro:
1. PROVANDO BIBLICAMENTE QUE O ESPIRITISMO ESTÁ ERRADO
Não é preciso fazer muito para mostrar como que as doutrinas espíritas são, à luz da Sagrada Escritura, sem fundamento nem base. Do início ao fim, a Bíblia Sagrada é um problema para a filosofia de Allan Kardec. Deve ser por isso que eles não aceitam a Bíblia. Ora, se a Bíblia fosse um livro favorável ao espiritismo, não seria conveniente a eles aceitarem a Sagrada Escritura também, e em sua totalidade?
Não seria, portanto, uma clara evidência auto-explicativa que o fato dos espíritas rejeitarem as Escrituras provém do fato óbvio de que essa mesma Escritura não suporta os ensinamentos deles? Eles se apegam a apenas uma ou outra passagem isolada nas Escrituras, omitindo e desprezando todo o conteúdo completo que nela está, e desprovidos inteiramente de exegese, o que é também uma prova de que, se eles aceitassem toda a Escritura ao invés de recortarem apenas aquilo que eles gostam, isso iria demolir com os ensinos deles. E é exatamente este o quadro que ocorre:
“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti" (Deuteronômio 18:9-12)
Infelizmente os espíritas praticam quase TODAS essas coisas e ainda tem a coragem de dizer que são “cristãos”! Ademais, se não basta o fato de que os espíritas praticam atos que na visão cristã é “abominação”, eles ainda negam que Jesus Cristo veio para nos salvar, negando absolutamente a principal mensagem cristã revelada a nós através da Sagrada Escritura, e negando aquilo que Pedro claramente afirma ousadamente:
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12)
Pior ainda do que isso, eles são também iguais as “testemunhas de Jeová” – negam a divindade de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Bom, recomendo a todos acompanharem o artigo sobre as TJS (no menu à esquerda), pois não vale a pena perder muito tempo passando as inumeráveis passagens bíblicas que os espíritas (assim como as TJS) atropelam para poderem formular as suas teses.
Para quem quiser ver mais exaustivamente a minha explanação sobre a divindade do Senhor Jesus Cristo e a doutrina bíblia da Santíssima Trindade, basta acompanhar essas respostas clicando nos links logo abaixo:
Além, é claro, da própria página do site sobre as testemunhas de Jeová. Enfim, refutar o espiritismo biblicamente é uma tarefa tão complicada quanto encontrar água no Oceano Pacífico.
Com relação às passagens bíblicas totalmente isoladas que os espíritas gostam de grifar na Bíblia dos Cristãos, recomendo a leitura dessas minhas respostas claras e lúcidas sobre a reencarnação, com a refutação exaustiva das “interpretações espíritas” das passagens bíblicas usadas fora de seu contexto, especialmente daquelas sobre João Batista ser Elias, do “aparecimento” do “espírito” de Samuel em 1Sm.28, e de outras passagens isoladas e sem exegese que todo bom espírita deve conhecer decor (embora nunca goste de ler o restante da Bíblia).
Os links das minhas respostas e refutações se encontram logo abaixo:
A REENCARNAÇÃO ESTÁ NA BÍBLIA?
O ESPIRITISMO NA BÍBLIA SAGRADA?
Enfim, tá tudo ali para quem ainda tiver paciência suficiente de ver a refutação completa de todas as distorções bíblicas praticadas no espiritismo. O mais engraçado de tudo isso é eles aceitarem partes do Novo Testamento, mas negarem e rejeitarem o Antigo. Ora, não existe nenhuma contradição mais forte do que essa, pois o próprio Senhor Jesus se utilizou (e muito) do AT para, até mesmo, vencer o diabo na tentação do deserto:
Mateus 4
3 E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
4 Ele, porém, respondendo, disse: ESTÁ ESCRITO: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
5 Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,
6 E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra.
7 Disse-lhe Jesus: Também ESTÁ ESCRITO: Não tentarás o Senhor teu Deus.
8 Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.
9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
10 Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque ESTÁ ESCRITO: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.
“...ESTÁ ESCRITO” (v.4)
“...ESTÁ ESCRITO” (v.7)
“...ESTÁ ESCRITO” (v.10)
Será que os espíritas sabem aonde é que “estava escrito” essas coisas que Jesus fez uso para vencer Satanás no deserto??? Ademais, para afirmar que o diabo não existe (como os espíritas alegam), eles estão automaticamente chamando Jesus de “lunático”. Sim, por inferir que ele estaria falando sozinho, consigo mesmo, como um “sonâmbulo” ou como um “paranoico”, dizendo o tempo todo o “está escrito” contra um ser que simplesmente... não existe!!!
Primeiramente Jesus usa o AT que os espíritas não gostam e dizem que “não acreditam” nele (mas Jesus acreditava e citava constantemente o AT!), e ainda ele usa isso contra o diabo que os espíritas também não acreditam! Ou seja, Jesus estava fazendo uso de um livro falso e espúrio, falando consigo mesmo para derrotar um ser inexistente! Uau! Que fantástico exemplo de “exegese espírita” de “qualidade”! E eles ainda dizem que “creem no Novo Testamento”!
Um dia desses passou no CQC um “espírito” que achava que era Leonardo da Vinci (meus pêsames do Leonardo de verdade!), que começou a pintar um quadro horroroso como se fosse um pintor de verdade, tentando imitar ridiculamente o verdadeiro Da Vinci. Creio que ou o verdadeiro Leonardo Da Vinci estava com o seu braço quebrado, ou então novamente eles foram enganados (que pena!).
No final o comentário do Marcelo Taz reflete em tom humorístico exatamente aquilo que qualquer pessoa com um pingo de bom senso e analise crítica diria:
“O CQC respeita todas as crenças, evidentemente. Mas agora é o seguinte: Leonardo da Vinci já pintou melhor do que aquilo ali que a gente viu [risos] (...) O Da Vinci andou perdendo a mão ali”
Confirma a matéria completa aqui.
O espiritismo é, perante a Bíblia, um ultraje ao sacrifício vicário de Cristo por nós, pois nega a sua eficácia, nega que ele "morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação" (Rm.4:25), o que é o centro e o pilar de toda a fé cristã. Por isso, não há como admitir um ensino que nega a mensagem da cruz, que nega a obra de Cristo e que ensina que Jesus é apenas "mais um ser evoluído", que um dia já foi tão simples e ignorante quanto qualquer um de nós!
Segundo o espiritismo, o sacrifício de Jesus por nós na cruz não valeu absolutamente nada, pois estaríamos presos a um ciclo infinito de reencarnações sucessivas, e o homem salvar-se-ia por si mesmo: Cristo não seria o Redentor do homem! Para os espíritas, Jesus veio apenas para ensinar; para os cristãos, Jesus veio para salvar! Se a obra de Jesus se resumisse a ensinar, então seria totalmente desnecessário sofrer o que sofreu e dar a sua vida em nosso resgate, sendo torturado e morto numa cruz.
Como crer em algo que tão descaradamente anula o sacrifício vicário de Jesus em nosso favor, dizendo que foi em vão que Cristo sofreu, morreu e ressuscitou para a nossa justificação, e ainda tem a coragem e ousadia de se auto-proclamar “cristão”?!
2. PROVANDO LOGICAMENTE QUE O ESPIRITISMO ESTÁ ERRADO
Por mais que a leitura bíblia já seja mais do que o suficiente para refutar por completo todas as teses kardecistas, o espírita que chega a terminar de ler a primeira parte deste artigo não abandona a sua fé, simplesmente porque esta “fé” dele independe completamente da veracidade ou não dos relatos bíblicos. Noutras palavras, o máximo que isso faria seria ser convencido de que a Bíblia não apoia o espiritismo, mas isso só faria com que eles começassem a riscar da “bíblia” deles essas passagens descontextualizadas que eles se utilizam, e colocarem naquela lista de passagens bíblicas que “não prestam” para eles porque não apoia nenhum de seus ensinamentos; ao contrário, os repudia.
Afinal, todos nós sabemos que eles não têm o menor critério para discernir as coisas, acham que são os “donos da Bíblia” e que podem escolher a vontade os livros que eles gostam e os que eles não gostam, e as citações que eles gostam e as que eles não gostam. A heresia chega a tal ponto, que os espíritas abrem mão completamente do bom senso e do critério para escolherem arbitrariamente aquilo que eles gostam e aquilo que eles não gostam de ouvir. Por exemplo, já que o Antigo Testamento detona com as heresias deles, eles dizem que é “só o Novo que vale”. Mas, nas noventa vezes em que Jesus e os apóstolos citaram o Antigo Testamento, aí nessas citações o Novo Testamento não está valendo, não é mesmo? [risos]
Vejam só que coisa mais interessante, pessoal: Quando o Novo Testamento afirma que “logo depois da morte vem o juízo” (Hb.9:17) e que “cabe ao homem morrer uma só vez” (Hb.9:27), que “o Verbo [Jesus] era Deus” (Jo.1:1) e que Jesus é nosso “Deus e Salvador” (Tito 2:13), que “voltará em sua glória” (Mt.25:31) para julgar “justos e injustos” (At.24:15), e que “os que estiverem no túmulo ouvirão a sua voz e sairão, uns para a vida eterna, outros para a condenação” (Jo.5:28,29), no momento da “ressurreição do último dia” (Jo.11:24), que acontecerá “por ocasião de seu reino e de sua vinda” (2Tm.4:1), aí essas passagens “não valem”, porque contradizem as doutrinas espíritas.
Mas, quando os apóstolos falavam qualquer coisa que eles acham favorecer as suas teses, aí está valendo! Eu acho que vou ter que fazer uma aulinha de exegese com os espíritas, não é possível! É tão boa a coisa que eu posso escolher apenas aquelas passagens que “eu gosto” e fazer a interpretação mais descabida que eu quiser em cima de um texto isolado e descontextualizado, e depois quando vem um arsenal de passagens bíblicas me refutand, basta dizer que aquelas outras não valem, mas as minhas valem, é claro!
Por que será que os espíritas não aplicam este mesmo estilo extraordinário de exegese aprofundada e “de classe” para interpretarem também os maravilhosos livros de Allan Kardec??? Sim, por que será que é somente com a Bíblia que eles mutilam, adulteram, corrompem, desvirtuam e deturpam todo o contexto, o critério, a lógica, a exegese e o bom senso???
Mas também temos que levar em consideração que existem muitos espíritas que simplesmente não estão “nem aí” para a Bíblia. Lembro-me de um deles respondendo a pergunta de um cristão legítimo que lhes perguntava se eles criam na Bíblia, e esse espírita respondeu: “Não. Nem em uma única linha”! Bom, estes pelo menos são muito mais honestos do que aqueles primeiros, porque pelo menos não tem a hipocrisia de selecionar passagens bíblicas sem exegese alguma e sem critério nenhum (selecionando apenas aquilo que lhe convém), mas declara abertamente que não crê em nem uma linha da Sagrada Escritura dos cristãos. Evidentemente não é necessário apenas refutar aquele primeiro grupo, mas temos também que dar satisfação a este segundo que nega por completo a Bíblia.
Assim, nos vemos obrigados a apresentar argumentos sólidos e consistentes, através da lógica e da razão, que demonstrem pela lógica-racional que os ensinos espíritas não passam de uma grande, grande mentira. Essas incoerências que os espíritas não conseguem resolver serão respaldadas também aqui nesta segunda parte, a par das evidências bíblicas, para fecharmos de vez com todas as teorias pseudo-cristãs que, de fato, de “cristão” não tem nada e de “coerente” muito menos.
As provas de número 1 a 18 foram elaboradas pelo professor Evaldo Gomes, que, apesar de ser católico, é muito camarada e gentilmente cedeu essas 18 evidências, realmente muito bem elaboradas, contra o espiritismo. Quem quiser acompanhar essas 18 provas no site original dele é só entrar no Programa Falando de Fé. A análise de todas essas evidências nos demonstram claramente que a lógica e a razão desmentem em absoluto com o espiritismo, além de tudo aquilo que vemos biblicamente a respeito deste engano elaborado por Kardec. Vejamos então as evidências que sepultam de uma vez por todas as teses kardecistas:
1. Você não acha que se houver explicação científica para um fenômeno, fica-se descartada uma explicação espiritualista, principalmente para os espíritas que se dizem cientificistas? Se o é, por que os espíritas querem explicar espiritualmente fenômenos explicáveis pela ciência? Se não o é, como os espíritas pretendem nos convencer de que suas teorias são científicas?
2. O Espiritismo afirma que para agir na matéria, o espírito desencarnado precisa do vivo, do médium. Esquecem eles que o vivo também é matéria. Ora, se para agir na matéria, o espírito precisa do médium, e para agir no médium, que também é matéria, ele precisará de quê?
3. Se ressurreição é o nome bíblico para reencarnação, como diz o “Evangelho segundo o Espiritismo”, por que ao falar de ressurreição as Escrituras deixam claríssimo que a pessoa que voltou à vida, voltou no mesmo corpo que morrera? Isso, por acaso, assemelha-se ao que os espíritas chamam de reencarnação?
4. Os espíritas alegam, para defender a doutrina reencarnacionista, que Deus nos criou todos iguais, senão seria injustiça divina. Ora, por que seria injustiça de Deus nos criar diferentes uns dos outros? Então, é injustiça ele ter dado inteligência apenas aos humanos e não aos outros animais? Além disso, por que ele criou os anjos que também são diferentes de nós? Se ele pôde criar-nos superiores aos outros animais sem praticar injustiça, e também pôde criar os anjos superiores a nós sem também praticá-la, por que, então, só seria injusto se fizesse-nos diferentes?
5. Por que os fenômenos espíritas nas chamadas “casas mal-assombradas”, por exemplo, são solucionados apenas quando se afasta da casa o doente causador? Não dá para se concluir que na realidade se trata de fenômeno produzido pelo próprio vivo?
6. Segundo os reencarnacionistas, nós reencarnamos para pagar pecados passados. Ora, se isso é verdade, por que não lembramos que pecados precisamente estamos pagando? O raciocínio lógico mais elementar não exige que para aprendermos com um erro, é necessário que nos lembremos dele e que isso vale tanto para humanos quanto para animais? Que aprendizado gera, então, essa tal de reencarnação? Se ela leva ao aperfeiçoamento a pessoa que reencarnou, como ocorre, então, esse aperfeiçoamento, se não sabemos em que precisamos melhorar?
7. Ainda: Não acha que o espírito deveria conservar sem dificuldade a recordação daquilo que já conhecia desde encarnações anteriores, e isso independente do corpo? Talvez respondam que as imperfeições do corpo impedem essas recordações. No entanto, perguntamos ainda: Se os espíritos não têm nenhuma dificuldade de recordar o passado por meio do médium, por que, então, essa estranha dificuldade de relembrar no seu próprio corpo, que lhe é muito mais íntimo?
8. Se o pré-requisito para que alguém reencarne é a desencarnação (ou seja, ninguém reencarna se antes não morrer), como João Batista pode ser Elias reencarnado, como afirmam os espíritas, se Elias nem sequer desencarnou, isto é, não morreu (2 Rs 2,11)?
9. Por que os espíritas citam 1 Sm 28, 5-25, querendo provar na Bíblia a comunicação dos espíritos, mas se esquecem de citar 1 Cron 10, 13, que afirma, claramente, que Saul foi punido por ter feito essa tentativa?
10. Se os espíritas não confiam na Bíblia, como muitos deles próprios admitem não confiar, por que, então, vão procurar nela apoio para suas crenças? Ou será que a Bíblia só é confiável quando parece favorecer o Espiritismo? Aliás, qual é a base espírita para acatar certos trechos bíblicos e rejeitar outros?
11. O Espiritismo tem dogmas? Se não tem, a “Reencarnação” e a “Comunicação dos espíritos” ou qualquer outra doutrina espírita pode ser questionada? Além disso, por que o Espiritismo garante que suas doutrinas estão absolutamente corretas? Tal certeza não dogmatiza suas crenças?
12. Se a reencarnação fosse verdadeira, com o passar dos tempos haveria necessariamente uma diminuição da humanidade, já que ao se aperfeiçoar, as pessoas deixariam de se reencarnar. Estaria a humanidade caminhando para a extinção? Além disso, por que, ao contrário, a humanidade está crescendo quantitativamente?
13. Se o homem encarna para pagar pecados de uma vida anterior, por que, então, ele encarnou pela primeira vez? Qual é o motivo da primeira encarnação de um espírito?
14. Existem espíritos bons e maus espíritos ou todos são bons? Se existem bons e maus espíritos, e o próprio Kardec o admitiu, perguntamos: Se aqui no mundo já é complicado se conhecer a honestidade das pessoas, como é que saberemos distinguir os bons dos maus espíritos? Como saberemos que não estamos sendo enganados por um espírito? Como saberemos que o espírito com quem nos comunicamos é mesmo quem ele diz ser? Se responderem que reconhecemos os bons espíritos por sua linguagem nobre, e digna, perguntamos ainda: Mas os velhacos deste mundo não se apresentam justamente com aparência e linguagem fingidamente nobre? Por que o mesmo não pode ocorrer com os espíritos? E o pior: Se um espírito velhaco pode me enganar, o que dizer do médium, que também pode ser um charlatão? Como posso confiar nos espíritos e nos médiuns se posso me tornar vítima de charlatões? Não é isso confiar demais em algo não plenamente sustentável? Não acha que a base dessa doutrina da comunicação dos espíritos carece da firmeza necessária para fundamentar uma religião que se preze?
15. Por que as pessoas que dizem lembrar-se de suas supostas “encarnações” anteriores só dizem que foram reis, rainhas, pessoas famosas... (já ouvimos falar numas cinco ou seis Cléopatras!), mas nunca foram um “Zé ninguém”? Isso não é, na verdade, um mero reflexo do eterno orgulho humano que só quer ser alguém importante?
16. Kardec Afirmou que durante o sono nosso espírito sai para conversar com o espírito dos nossos amigos e parentes. Mas se isso é verdade, como posso me certificar disso? Kardec afirmou ainda que a grande prova disso são os frequentes sonhos com amigos e parentes que temos quase todas as noites. Porém, perguntamos: Mas se há mesmo essa comunicação nos sonhos, por que as pessoas com quem sonhamos não se lembram de nada, e o pior, por que às vezes até sonham diferentes de nós? Não acha que se isso fosse verdade, deveria haver coincidência dos sonhos das pessoas envolvidas?
17. Por que nunca se verificou nenhum fenômeno de efeito físico ou “poltergeist” numa casa desocupada? Por que sempre se exige a presença do vivo e no máximo a 50m de distância?
18. Por que os espíritas anglo-saxões não creem na reencarnação, e para isso apelam para a autoridade dos espíritos, ou seja, dizem que não creem porque os espíritos lhes disseram que reencarnação não existe? Há espírito aí querendo nos enganar? Releia a pergunta de nº 14.
-Mais considerações importantes:
19. Se a alma humana se reencarna para pagar os pecados cometidos numa vida anterior, deve-se considerar a vida como uma punição, e não um bem em si. Ora, se a vida fosse um castigo, ansiaríamos por deixá-la, visto que todo homem quer que seu castigo acabe logo. Ninguém quer ficar em castigo longamente. Entretanto, ninguém deseja, em sã consciência, deixar de viver. Logo, a vida não é um castigo. Pelo contrário, a vida humana é o maior bem natural que possuímos.
20. Se a alma se reencarna para pagar os pecados de uma vida anterior, dever-se-ia perguntar quando se iniciou esta série de reencarnações. Onde estava o homem quando pecou pela primeira vez? Tinha ele então corpo? Ou era puro espírito? Se tinha corpo, então já estava sendo castigado. Onde pecara antes? Só poderia ter pecado quando ainda era puro espírito. Como foi esse pecado? Era então o homem parte da divindade? Como poderia ter havido pecado em Deus? Se não era parte da divindade, o que era então o homem antes de ter corpo? Era anjo? Mas o anjo não é uma alma humana sem corpo. O anjo é um ser de natureza diversa da humana. Que era o espírito humano quando teria pecado essa primeira vez?
21. Se a reencarnação fosse verdadeira, com o passar dos séculos haveria necessariamente uma diminuição dos seres humanos, pois que, à medida que se aperfeiçoassem, deixariam de se reencarnar. No limite, a humanidade estaria caminhando para a extinção. Ora, tal não acontece. Pelo contrário, a humanidade está crescendo em número. Logo, não existe a reencarnação.
22. Respondem os espíritas que Deus estaria criando continuamente novos espíritos. Mas então, esse Deus criaria sempre novos espíritos em pecado, que precisariam sempre se reencarnar. Jamais cria ele espíritos perfeitos?
23. Se a reencarnação dos espíritos é um castigo para eles, o ter corpo seria um mal para o espírito humano. Ora, ter corpo é necessário para o homem, cuja alma só pode conhecer através do uso dos sentidos. Haveria então uma contradição na natureza humana, o que é um absurdo, porque Deus tudo fez com bondade e ordem.
24. Se a reencarnação fosse verdadeira, o nascer seria um mal, pois significaria cair num estado de punição, e todo nascimento deveria causar-nos tristeza Morrer, pelo contrário, significaria uma libertação, e deveria causar-nos alegria. Ora, todo nascimento de uma criança é causa de alegria, enquanto a morte causa-nos tristeza. Logo, a reencarnação não é verdadeira.
25. Vimos que se a reencarnação fosse verdadeira, todo nascimento seria causa de tristeza. Mas, se tal fosse certo, o casamento – causador de novos nascimentos e reencarnações – seria mau. Ora, isto é um absurdo. Logo, a reencarnação é falsa.
26. Caso a reencarnação fosse uma realidade, as pessoas nasceriam de determinado casal somente em função de seus pecados em vida anterior. Tivessem sido outros os seus pecados, outros teriam sido seus pais. Portanto, a relação de um filho com seus pais seria apenas uma casualidade, e não teria importância maior. No fundo, os filhos nada teriam a ver com seus pais, o que é um absurdo.
27. A reencarnação causa uma destruição da caridade. Se uma pessoa nasce em certa situação de necessidade, doente, ou em situação social inferior ou nociva – como escrava, por exemplo, ou pária – nada se deveria fazer para ajudá-la, porque propiciar-lhe qualquer auxílio seria, de fato, burlar a justiça divina que determinou que ela nascesse em tal situação como justo castigo de seus pecados numa vida anterior. É por isso que na Índia, país em que se crê normalmente na reencarnação, praticamente ninguém se preocupa em auxiliar os infelizes párias. A reencarnação destrói a caridade. Portanto, é falsa.
28. A reencarnação causaria uma tendência à imoralidade e não um incentivo à virtude. Com efeito, se sabemos que temos só uma vida e que, ao fim dela, seremos julgados por Deus, procuramos converter-nos antes da morte. Pelo contrário, se imaginamos que teremos milhares de vidas e reencarnações, então não nos veríamos impelidos à conversão imediata. Como um aluno que tivesse a possibilidade de fazer milhares de provas de recuperação, para ser promovido, pouco se importaria em perder uma prova – pois poderia facilmente recuperar essa perda em provas futuras – assim também, havendo milhares de reencarnações, o homem seria levado a desleixar seu aprimoramento moral, porque confiaria em recuperar-se no futuro. Diria alguém: “Esta vida atual, desta vez, quero aproveitá-la gozando à vontade. Em outra encarnação, recuperar-me-ei”. Portanto, a reencarnação impele mais à imoralidade do que à virtude.
29. Ademais, por que esforçar-se, combatendo vícios e defeitos, se a recuperação é praticamente fatal, ao final de um processo de reencarnações infindas?
30. A doutrina da reencarnação conduz necessariamente à idéia gnóstica de que o homem é o redentor de si mesmo. Mas, se assim fosse, cairíamos num dilema:
a) Ou as ofensas feitas a Deus pelo homem não teriam gravidade infinita;
b) Ou o mérito do homem seria de si, infinito.
Que a ofensa do homem a Deus tenha gravidade infinita decorre da própria infinitude de Deus. Logo, dever-se-ia concluir que, se homem é redentor de si mesmo, pagando com seus próprios méritos as ofensas feitas por ele a Deus infinito, é porque seus méritos pessoais são infinitos. Ora, só Deus pode ter méritos infinitos. Logo, o homem seria divino. O que é uma conclusão gnóstica ou panteísta. De qualquer modo, absurda. Logo, a reencarnação é uma falsidade.
31. Se o homem fosse divino por sua natureza, como se explicaria ser ele capaz de pecado? A doutrina da reencarnação leva, então, à conclusão de que o mal moral provém da própria natureza divina. O que significa a aceitação do dualismo maniqueu e gnóstico. A reencarnação leva necessariamente à aceitação do dualismo metafísico, que é tese gnóstica que repugna à razão e é contra a Fé.
32. É essa tendência dualista e gnóstica que leva os espíritas, defensores da reencarnação, a considerarem que o mal é algo substancial e metafísico, e não apenas moral. O que, de novo, é tese da Gnose.
33. Se, reencarnando-se infinitamente, o homem tende à perfeição, não se compreende como, ao final desse processo, ele não se torne perfeito de modo absoluto, isto é, ele se torne Deus, já que ele tem em sua própria natureza essa capacidade de aperfeiçoamento infindo.
34. Por fim, as doutrinas espíritas entram em total conflito com a moral cristã: O Perdão de Cristo versus a Reencarnação:
PERDÃO DE CRISTO VERSUS A REENCARNAÇÃO
1. Necessidade de nascer e renascer milhares de vezes.
2. Ainda que a vida é única, e ele tem de prestar contas diante de Deus, ele pode receber o perdão e tornar-se uma nova criatura.
3. Reencarnação anula o sacrifício da cruz.
4. É a maior blasfêmia contra a obra de Deus.
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Por: Lucas Banzoli.
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